No mercado farmacêutico brasileiro, os medicamentos são classificados em diferentes categorias conforme sua origem, formulação, registro e regulamentação pela Anvisa.

Compreender essas classificações é essencial para profissionais da indústria, distribuidores e varejo farmacêutico, pois influencia diretamente na precificação, tributação e nas estratégias de comercialização.

Veja a seguir as categorias dos medicamentos:

Medicamento Referência

Os medicamentos de referência são os pioneiros em sua categoria. São desenvolvidos a partir de extensas pesquisas científicas, testes clínicos rigorosos e altos investimentos em inovação.

  • São patenteados e registrados na Anvisa.
  • Têm exclusividade de mercado por até 20 anos.
  • Servem como padrão de comparação para as demais categorias.
  • São geralmente os medicamentos com preço mais elevado, devido aos custos de desenvolvimento.

Medicamento Genérico

Os genéricos surgem após o vencimento da patente dos medicamentos de referência. Possuem mesma fórmula, princípio ativo e eficácia, mas sem marca comercial.

  • São identificados pela tarja amarela com a inscrição “Medicamento Genérico”.
  • Devem passar por testes de bioequivalência, comprovando eficácia igual à do medicamento de referência.
  • Os medicamentos genéricos devem ter preço inferior ao do medicamento de referência, e geralmente esse valor costuma ser pelo menos 35% menor.
  • Não possuem custos com pesquisa e marketing, o que contribui para que sejam vendidos a preços mais baixos do que os de referência.

Medicamento Similar

São medicamentos que contêm o mesmo princípio ativo, com a mesma concentração, forma farmacêutica, via de administração, posologia e indicação terapêutica, sendo equivalentes ao medicamento de referência registrado na Anvisa, mas que podem apresentar variações em aspectos como:

  • Tamanho e forma do produto
  • Embalagem e rotulagem
  • Excipientes e veículo
  • Prazo de validade

Para ser considerado intercambiável com o medicamento de referência, o similar deve passar por estudos de bioequivalência.

Diferentemente dos genéricos, os medicamentos similares possuem nome de marca e, geralmente, envolvem investimentos em marketing, o que pode influenciar no custo. Ainda assim, seu preço costuma ser mais acessível do que o dos medicamentos de referência.


Categoria “Outros”

A categoria “Outros” agrupa os medicamentos que não se enquadram como referência, genérico ou similar. Aqui estão incluídos:

  • Medicamentos biológicos
  • Fitoterápicos
  • Dinamizados (homeopáticos)
  • Medicamentos de notificação simplificada (NS)

Cada um possui regras próprias de registro, produção e controle de qualidade, conforme regulação da Anvisa.


Conclusão

Conhecer as categorias dos medicamentos é fundamental para entender o mercado farmacêutico, seja para fins regulatórios, estratégias comerciais ou definição tributária. Cada categoria possui particularidades que afetam preço, posicionamento no mercado e exigências legais.

No contexto tributário, essas diferenças também impactam o ICMS, a Substituição Tributária e o preço final ao consumidor. Por isso, contar com ferramentas e informações atualizadas é essencial para garantir conformidade e competitividade.

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